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Saúde

Refrigerante diet pode aumentar risco de arritmia cardíaca; entenda a doença

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Pesquisadores chineses descobriram que consumir por semana cerca de 2 litros de bebidas artificialmente adoçadas (aproximadamente 7 latas de 350ml), como os refrigerantes diet, pode aumentar em 20% o risco de desenvolver fibrilação atrial (FA), um tipo de arritmia cardíaca. Divulgado nesta terça-feira (05), o estudo acompanhou mais de 200 mil pessoas por quase 10 anos e foi publicado na revista científica Circulation: Arrhythimia and Electrophysicalology.

Ainda de acordo com o levantamento, o risco de desenvolver a condição cai pela metade ao ingerir a mesma quantidade de bebida, semanalmente, com açúcar adicionado (10%). Já consumir cerca de 120 ml de sucos puros e sem açúcar, como suco de laranja ou de vegetais, foi associado a um risco 8% menor de fibrilação atrial. Os participantes da pesquisa tinham entre 37 e 73 anos.

Mulheres consomem mais bebidas adoçadas artificialmente

O estudo aponta que os maiores consumidores de bebidas adoçadas artificialmente são as mulheres, mais jovens, mais propensas a ter sobrepeso e ter maior prevalência de diabetes tipo 2. Já aqueles que bebiam mais bebidas açucaradas tinham maior probabilidade de ser do sexo masculino, mais jovens, ter sobrepeso e ter maior prevalência de doenças cardíacas.

“Com base nessas descobertas, recomendamos que as pessoas reduzam ou até mesmo evitem bebidas adoçadas artificialmente e açucaradas sempre que possível (…) Não tome como certo que beber bebidas com baixo teor de açúcar e baixas calorias adoçadas artificialmente é saudável, pois pode representar riscos potenciais para a saúde.”, disse Ningjian Wang, principal autor do estudo, em comunicado à imprensa

O que é fibrilação atrial (FA)?

A condição se caracteriza por um batimento cardíaco irregular frequentemente descrito por muitas pessoas como um “tremor” e “vibração” do coração. Alguns dos sintomas mais comuns são dores no peito, palpitações, falta de ar e fadiga. Os pacientes também podem sentir tontura, desmaio, respiração curta e sensação do coração saindo pela boca. Em certos casos, porém, a condição é assintomática,

“Os derrames provocados pela FA são considerados os mais graves, com as maiores taxas de mortalidade, podendo também acarretar sequelas incapacitantes”, disse o especialista em Arritmias Cardíacas do Instituto Nacional de Cardiologia, Burno Heringer Dias ao Portal Drauzio Varella
No mundo, quase 40 milhões de pessoas vivem com fibrilação atrial, segundo a Heart Rhythm Society. Aqui no Brasil, de acordo com a a Sociedade Brasileira de Arritimias Cardíacas (Sobrac), a doença afeta cerca de 20 milhões de pessoas.

 

Como diagnosticar, prevenir e tratar?

Tendo em vista que em muitos casos não há sintomas, é importante fazer exames como eletrocardiograma (ECG) regularmente e ficar em atenção aos batimentos cardíacos acelerados para obter um diagnóstico preciso. A doença pode ser evitada pela prevenção dos fatores de risco que são cardiopatia, pressão alta, consumo de álcool e obesidade. Porém, uma vez diagnosticado, é importante acompanhamento médico para a prática de exercícios físicos, por exemplo.

Segundo o Hospital Albert Einstein, o tratamento pode incluir medicamentos anticoagulantes, antiarrítmicos, cardioversão (choque elétrico no coração), ablação por cateter e marca-passos para detectar e tratar a condição precocemente e evitar seu ressurgimento.


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